quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Does consciousness exist?

Chegou o momento em que a noção de consciência foi sendo, gradativamente, afastada do campo psicológico. Esta depreciação da consciência no domínio da psicologia tem início com o funcionalismo de William James. Em 1904, no primeiro número do Journal of Philosophy, Psychology and  Scientific Method, ele publica o polêmico artigo A consciência existe? ( Does consciousness exist? ) em que afirma:

"Creio que uma vez evaporada e reduzida a este estado de pureza diáfana, a consciência está bem perto de desaparecer por inteiro. Ela se torna um nome de um não-ser e não tem direito a um lugar entre os princípios primeiros. Aqueles que teimam em aferrar-se a ela, prendem-se a um simples eco, ao vão ruído que deixou atrás dela, na atmosfera filosófica, a alma em vias de desaparecer [...]. De uma vez por todas, parece-me que chegou a hora de descartar a consciência de maneira aberta e universal ( James, 1977 [1904], p.169).

Trecho extraído do artigo de Carlos Diógenes Cortes Tourinho na revista Episteme, Porto Alegre, n.12 intitulado "As controvérsias entre dualistas e materialistas na filosofia da mente contemporânea."

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